Abro os olhos te procurando!Cadê teu corpo que ainda há pouco roçava o meu? Deixas-te o leito, saíste sem ao menos me dar um beijo? Sem me dizer adeus? Por quê? O que aconteceu? Levanto, ainda sinto meu corpo aquecido pelo calor do teu! Teu perfume continua a exalar no ar após teu banho!Tornou-se um hábito teu, esquecer a toalha sobre a cama! Não me importo, acho graça e desculpo teu descuido! Ah, o que não desculpo é esta minha insensatez, ao desnudar-me e enrolar-me na tua toalha molhada! Sei que não há racionalidade em meu ato, mesmo assim, quero sentir o perfume do teu corpo, nas tramas do tecido que te enxugou! Não quero saber se sou ou não louca, se perdi de vez o juízo! Volto para cama, enrolada à tua toalha! Em seguida sinto arrepios e tremor de frio!Levanto, corro à janela! Te avisto e grito: Amor, amor...Volta... estou congelando! Voltas correndo, tua chama se apodera de mim! Me aqueces, e acontecemos novamente, nos lençóis de nossa cama... (Iracema Zanetti)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário