quarta-feira, 12 de março de 2008

Mas deixem que existam espaços... Gibran Kahlil Gibran



Mas deixem que existam espaços na sua união,


E deixem que os ventos celestes dancem entre vocês


Amem-se uns aos outros,


mas não forjem um elo de amor:


Deixem que ele seja um mar


se movendo entre as praias de suas almas.


Encham as taças uns dos outros, mas não bebam de uma só taça.


Compartilhem o pão, mas não comam da mesma bisnaga.


Cantem e dancem juntos e sejam alegres,


mas deixem que cada um de vocês fique sozinho,


Como as cordas do alaúde estão sozinhas,


embora vibrem com a mesma música.


Doem seus corações, mas não para que os outros guardem.


Pois só a mão da vida pode conter seus corações.


E fiquem juntos, mas não perto demais;


Pois os pilares do templo se erguem afastados,


E o carvalho e o cipreste não crescem fazendo sombra um ao outro.

(Gibran Kahlil Gibran)

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