
Nem demais e nem de menos. 
Nem tão longe e nem tão perto. 
Na medida mais precisa que eu possa. 
Mas amar-te sem medida e ficar na tua 
vida, 
Da maneira mais discreta que eu 
souber. 
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te 
sufocar. 
Sem forçar tua vontade. 
Sem falar, quando for hora de calar. 
E sem calar, quando for hora de falar. 
Nem ausente, nem presente por demais. 
Simplesmente, calmamente, ser-te paz. 
É bonito ser amigo, mas confesso: é tão difícil aprender! 
E por isso eu te suplico paciência. 
Vou encher este teu rosto de lembranças, 
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...
(Fernando Pessoa)
 
 




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